Ser diferente, às vezes, é ser tão igual...

O que um dia foi padrão, hoje é o diferente.
Imagem/fonte: The Cool Hunter.

Pois é, uma incrível e paradoxal constatação. . . Há um tempo venho notando que, em se tratando de vestimentas, as roupas estão cada vez mais diversas e customizadas. Mas tanta variedade acabou gerando uma certa padronização: a própria customização. Todo mundo, ou quase todo mundo hoje se veste assim.

É terrível quando me dirijo às lojas e nelas só encontro roupas desbotadas, com rasgões, brilhos, lantejoulas, cores muito vivas e estampas extravagantes — e olha que estou me referindo às roupas masculinas. Ultimamente isso tem me incomodado um pouco por tornar mais difícil encontrar algo com um estilo mais sóbrio.

Outro ponto que também vem me chamando a atenção é que as pessoas cada vez mais parecem outdoors ambulantes com tantas marcas e tantos nomes espalhados pelas roupas que as vestem.

Nunca fui do tipo que gosta de usar roupas de marca. Um estilo mais alternativo faz mais o meu gênero. Mas não a ponto de andar por aí vestido feito um hippie. . . (Heheh!) Sinto-me melhor usando roupas mais frugais, numa espécie de clássico casual. Isso me faz sentir bem e diferente das outras pessoas. Mas tem sido tão difícil encontrar peças que traduzam minha personalidade (quiçá, nerd. . . Haha!) hoje.

Não sei se tenho ido aos lugares errados ou se sou vítima das imposições da moda. Acho que nem mesmo o fato de minha cidade, Feira de Santana, ter porte médio e ser um dos mais importantes centros comerciais do Norte e Nordeste do País é capaz de me livrar dessa (triste) sina.

Aliás, se sofrer com a impertinente ditadura da moda já é ruim, fica pior ainda quando os estilos predominantes ou são os de pagodeiros, ou os de playboys. Mas, enfim, esses são outros quinhentos.

Para finalizar, sem mais delongas e metaforizando, nota-se que as pessoas hoje buscam tanto ser diferentes que acabam ficando um tanto iguais. Por isso, num mundo tão colorido, por hora, prefiro ser preto e branco.