quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Schadenfreude, uma palavra estranha para um sentimento nefasto

Sabe quando o time rival do seu cai em desgraça e você não consegue conter aquele sorriso que vai de orelha a orelha? Pois, eis um schadenfreude. Palavra de origem alemã para designar o sentimento de alegria ou prazer pelo sofrimento ou infelicidade dos outros.

A doma do asno - Eduardo Zamacois y Zabala, 1868
A doma do asno - Eduardo Zamacois y Zabala, 1868.

Ao que parece, mesmo sendo um sentimento tão comum em nosso dia-a-dia, seja o praticando ou sofrendo com ele, o alemão foi um único idioma a desenvolver um palavra para descrevê-lo. Tão verdade que é largamente usada em outros idiomas, principalmente no tocante à área de psicologia. Afinal, esta ciência nasceu em terras germânicas, exportando muitos termos ligadas a ela mundo a fora.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Caixas de interruptor e tomada “verdes” reforçam o contato com a natureza

O jovem estudante da Universidade do Norte de Michigan, Andrew Harmon, criou modelos de caixas para interruptores e tomadas que mistura natureza e tecnologia de uma forma inusitada.

tomada
O mundo natural no seu dia-a-dia.

Segundo o estudante, a intenção é levar o mundo natural para momentos onde ele é pouco lembrado, como ao acender e apagar uma lâmpada ou ligar um eletrônico na tomada.

As caixas são forradas com folhas, musgos, flores e pequenos vegetais, criando o efeito natural que relembra às pessoas que, apesar de distante do habitat natural, essas tecnologias continuam impactando o meio ambiente de diversas formas. Esse lembrete é o mote principal da coleção, batizada de “Growth Plate”.

“Ao forçar o contato das pessoas com representantes vivos desse ambiente o projeto promove a conscientização e lembra da sua existência. Isso aumenta a percepção para as sutilezas desse tema e encoraja a busca por maiores informações. Essa procura, por sua vez, se transforma em um novo senso de participação direta no meio ambiente”, diz Harmon.

domingo, 23 de outubro de 2011

Brasileiros adoram escrever difícil, por que será?

A notória criatividade do brasileiro no uso e abuso das letras h, k, w, y, duplicações consonantais e intercalação do apóstrofo injustificado na escrita de nomes próprios e comerciais pode revelar um intrínseco saudosismo pela antiga escrita etimológica.

placa
Aviso anterior à Reforma Ortográfica de 1911,
Igreja do Carmo, em Porto - Portugal.

Muitos desconhecem, mas, até pouco tempo atrás, antes da Reforma Ortográfica de 1931, a até então versão corrente da língua portuguesa no Brasil baseava-se num sistema de escrita etimológica, isto é, procurava-se justificar a grafia das palavras através de suas antecedentes originais, em sua maioria, latinas e gregas.

Assim, por exemplo, eram abundantes grafias com ch (com som de k), ph, rh, th e y nas palavras de origem grega (como em archaico, phrase, rhetorica, theatro e estylo, ao invés das atuais arcaico, frase, retórica, teatro e estilo) e ct, gm, gn, mn e mpt nas palavras de origem latina (como em aucthor, fructo, phleugma, assignatura, damno e prompto, ao invés das atuais autor, fruto, fleuma, dano e pronto), não faltando, também, as falsas etimologias, como a de tesoura escrita thesoura, por sugestão de thesaurus, quando o étimo é tonsoria.

sábado, 15 de outubro de 2011

Uma angustiante experiência de sonho lúcido

Que tal, de repente, no amanhecer do dia, você despertar dentro de um sonho e perceber que continua dormindo e não conseguir mover um centímetro sequer do seu corpo? Bem, caro leitor, é o que tem me acontecido algumas vezes.

O pesadelo (detalhe) - Henry Fuseli, 1781.
O pesadelo (detalhe) - Henry Fuseli, 1781.
Uma das representações da paralisia
do sono na cultura popular.

Enquanto distraidamente assistia a mais uma edição do Globo Repórter nesta última sexta-feira (14), do qual falava sobre os problemas que muitas pessoas tem com insônia, uma das reportagens me chamou muito a atenção. A que falava sobre experimentos científicos em que um biomédico voluntário conseguia se comunicar com cientistas durante o sonho.

Segundo o pesquisador neurocientista que fora entrevistado, Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, isso é possível graças ao fenômeno do sonho lúcido, o sonho em que sabemos que estamos sonhando.

“No sono normal, a pessoa sente que é um ator de um filme que ela não controla. Em um sonho lúcido, a pessoa é o diretor do sonho, o roteirista, o produtor. Ela controla todos os elementos do sonho potencialmente”, explica Sidarta.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Brasil não é considerado um país ocidental

Parece estranho, mas é o que diz o cientista político Samuel P. Huntington. Baseado em estudos sobre identidades culturais e religiosas, afirma que a humanidade poderia ser dividida em oito grandes civilizações e o Brasil não faria parte do tradicional mundo ocidental.

Abaporu
Abaporu ─ Tarsila do Amaral, 1928
Brasil, país de cultura exótica e semiocidental.

Segundo ele, em seu livro The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order (O Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial), o mundo seria composto pelas civilizações hindu, chinesa, japonesa, islâmica, budista, ortodoxa, subsaariana, ocidental e latino-americana.

Não é preciso fazer muito esforço para se verificar que há uma marcante ruptura na concepção tradicional daquilo que se costuma chamar de mundo ocidental.

Devido ao grande processo de colonização europeia, com sua intensa transferência de elementos culturais, a América Latina também costumava ser concebida como pertencente ao grupo de nações da civilização ocidental. À priori, hoje em dia, esta seria composta apenas pelos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Austrália e Nova Zelândia.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs, o Prometeu da era digital

Assim como na mitologia grega o titã Prometeu roubou o fogo dos deuses para dar aos homens, concebendo-lhes superioridade sobre os outros animais; em paralelo podemos dizer o mesmo sobre Steve Jobs, popularizando tecnologias antes exclusivas às grandes corporações.

Steve Jobs, o Prometeu da era digital...
O intelecto que revolucionou o mundo,
comparável a Prometeu – Imagem: Vide Mundus.

Dada a lastimosa notícia da morte de Steve Jobs nesta quarta-feira (05) e assistindo a várias reportagens sobre sua grandiosa e inigualável contribuição para a revolução no nosso modo de vida, mudando para sempre a relação que mantemos com a tecnologia; uma me chamou muita atenção. A que dizia que fora o responsável por tornar acessível a informática ao cidadão comum.

Não deu outra, me veio logo à mente a correlação com a personagem mitológica de Prometeu, o titã ao qual é atribuída a responsabilidade por tornar os humanos seres pensantes e elevados em relação aos demais animais.

Para os que não conhecem, Prometeu (em grego: Προμηθεύς, "antevisão") é o titã, filho de Jápeto (filho de Urano e Gaia) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio. Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Zeus e o dar aos mortais.

domingo, 2 de outubro de 2011

O mundo em 2050 com 6 superpotências?

Mediante às severas crises que assolam o “mundo desenvolvido”, enfraquecendo seu poder de expansão e à ascensão dos países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) como potências econômicas, como se configurará o mundo no futuro à médio e longo prazo?

Superpotências em 2050.
Em 250 EUA partilharão sua hegemonia com os
Países BRIC e UE - Imagem: Vide Mundus.

Segundo a prestigiada agência de consultoria e auditoria britânica PricewaterhouseCoopers (PWC), por volta de 2050, o ranking das dez maiores economias do mundo estará completamente diferente do ordenado nos dias de hoje. China e Índia ocuparão o primeiro e segundo lugar, pondo os Estados Unidos em terceiro, o Brasil passaria à quarta posição seguido de Japão, Rússia, México, Indonésia, Alemanha e Reino Unido.

Em épocas de relativa paz, o poder econômico geralmente prevalece frente ao bélico. Sendo assim, o mundo assiste a uma verdadeira revolução no cenário de poder global. Nos últimos anos, os países emergentes vêm obtendo uma rápida e robusta expansão de suas economias, principalmente os países BRIC que, aliado a isso, adquirem cada vez mais influência  e representatividade internacional.